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A mostrar mensagens de outubro, 2020

Confúcio casará com Marx?

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Lanxin Xiang, erudito intelectual chinês especialista em China, escreveu um livro, The Quest for Legitimacy in Chinese Politics [A busca da legitimidade na política da China], que é, em minha opinião, o mais extraordinário esforço, em décadas, para reduzir a distância político-histórica que divide Ocidente e Oriente. É impossível, numa coluna curta, fazer justiça à relevância das discussões que esse livro inspira. Destacaremos, aqui, algumas das questões principais, esperando que atraiam o leitor informado – especialmente os habitantes do Departamento de Estado, na Av.  Beltway  [1]  , agora convulsionados por vários graus de sinofobia. Xiang ataca direto a contradição fundamental: a China é amplamente acusada, pelo Ocidente, de falta de legitimidade democrática, exatamente porque desfruta de boom econômico de quatro décadas, sustentável e histórico. Ele identifica duas fontes principais do problema chinês: “Por um lado, há o projeto de restauração cultural por meio do qual Xi Jinping

Paulo de Morais. "A corrupção em Portugal é sistémica"

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Reproduzir 100% Volume Retrocesso rápido 00:00 05:09 O novo livro de Paulo de Morais denuncia ao pormenor casos e protagonistas de corrupção que, segundo o autor, minam a democracia portuguesa. Intitula-se "O Pequeno Livro Negro da Corrupção" . É mais um trabalho do professor universitário, um rosto conhecido no combate contra a corrupção na sociedade portuguesa. Fonte: https://www.rtp.pt/noticias/pais/paulo-de-morais-a-corrupcao-em-portugal-e-sistemica_v1260375 Paulo de Morais. "A corrupção em Portugal é sistémica" RESUMO O fenómeno intrusivo que mina a democracia portuguesa. A corrupção mata a esperança no futuro de Portugal. O fenómeno ganhou raízes e é, infelizmente, uma das marcas distintivas do regime democrático português. Bastará estar atento às notícias para constatar que a corrupção contaminou muitas áreas da nossa sociedade, do futebol à cultura, passando pela justiça e pela política. Casos e Protagonistas de A a Z Com este livro, Paulo de Morais apresent

Quem ganha com a explosão de Beirute

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Trump e Netanyahu falaram em “ataque” e em “Hezbollah”: coincidência? Agora, há um estoque trilionário de imóveis a peço de banana, e à disposição de megafundos ocidentais. Mas e se o Líbano, ao contrário, voltar-se para a Ásia? Por  Pepe Escobar , no  Asia Times  | Tradução:  Ricardo Cavalcanti-Schiel A narrativa de que a explosão de Beirute foi exclusiva consequência da negligência e da corrupção do atual governo libanês parece já uma história gravada sobre a pedra, ao menos no contexto do mundo atlanticista. No entanto, cavando mais fundo, deduzimos, na realidade, que a negligência e a corrupção podem ter sido amplamente exploradas, via sabotagem, para engendrar a grande explosão. O Líbano é um cenário, por excelência, para as tramas de John Le Carré: um covil multinacional de espiões de todos os matizes ― agentes da Casa de Saud, operativos sionistas, fornecedores de armas para “rebeldes moderados”, intelectuais do Hezbollah, “realeza” árabe depravada, contrabandistas autoglorifica