Os desafios de uma tecnologia que sirva ao humano e não que se sirva do humano
Carlos Gadelha vê na Revolução 4.0 possibilidades para o desenvolvimento de tratamentos e cuidado das pessoas, mas alerta para o risco de aumento das desigualdades se o acesso for restrito “É moral deixar alguém morrer de fome na sociedade da quarta revolução? É moral criar uma iniquidade de conhecimentos, em que há uma grande massa de pessoas ignorantes e conhecimento concentrado em poucos países, em poucas pessoas, em poucas empresas?”, questiona o economista Carlos Gadelha. A provocação do pesquisador, que atua na área da saúde, tensiona os efeitos da chamada Revolução 4.0. “O padrão tecnológico da quarta revolução tem o potencial de aumentar a qualidade de vida, talvez de modo jamais visto, mas, por outro lado, traz o risco imenso da perda de uma visão coletiva da saúde, da perda de uma visão de solidariedade e de que a saúde não pode ser tratada como se fosse um voo de avião estratificado em categorias de classe”, observa, em entrevista concedida por telefone à IHU On-Line. Ele te